Avanço das mulheres no mercado de trabalho: UNIVESP aponta que em seu vestibular a maioria são mulheres, mas quais os desafios e as oportunidades pela frente?
- Andreza Benatti
- 29 de mai. de 2024
- 3 min de leitura
Recentemente a UNIVESP publicou que maioria dos candidatos aos seu vestibular são Mulheres e Adultos. Segundo a pesquisa respondida no ato da inscrição, do total de inscritos, 81,6% têm mais de 24 anos e 60,6% são mulheres.
Esses números refletem a tendência crescente de mulheres e adultos buscando oportunidades de educação superior. A presença feminina no mercado de trabalho tem sido uma evolução constante e a busca por qualificação é um reflexo disso. Além disso, a participação de adultos com mais de 24 anos demonstra o interesse contínuo pelo aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional.

O mercado de trabalho
O mercado de trabalho tem visto uma evolução constante rumo à igualdade de gênero. Em 2023, o Brasil bateu recorde em números de participação feminina, o maior desde 2012. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad), o ano de 2023 fechou com o maior número de pessoas ocupadas desde 2012, com 100.984.563 trabalhadores ativos. Um recorde histórico também de ocupação feminina totalizando 43.380.636 mulheres.
A região com o maior número de mulheres trabalhando foi o Sudeste, totalizando 20.022.406 trabalhadoras, seguida pela região Nordeste com 9.332.860, e o Sul com 7.023.526, respectivamente. Quando desmembramos os dados em setores, vemos as mulheres ocupando mais áreas de “Educação, saúde humana e serviços sociais”, com 9.683.770 trabalhadoras, seguido pelo setor de “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas” (7.938.651) e, por fim, “Serviços Domésticos” (5.538.947).
Porém, o destaque feminino é evidente nos cargos de “Ciências e Intelectuais”, conforme aponta o Pnad. Embora os homens ainda dominem os cargos de “Direção e Gerência” e “Membros das Forças Armadas”, as mulheres se destacam quando o assunto é “Pessoas ocupadas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, contabilizando 7.608.642 profissionais em 2023, em comparação com os 5.365.989 homens na mesma área.
Impactos da Participação Feminina no Mercado de Trabalho
Ter grandes exemplos de mulheres no mercado de trabalho é essencial. Mas falar sobre as contribuições e a evolução que elas trouxeram para esse cenário também é importante. Conheça os principais impactos da presença feminina nas empresas:
Empresas com pensamentos mais diversos;
Criatividade para cumprir as demandas;
Inovação para solucionar as tarefas;
Mais diversidade e inclusão no quadro de funcionários;
Ambientes de trabalho mais participativos e horizontais;
Desempenho financeiro até 21% melhor;
Injeção de bilhões na economia brasileira.
Aumento do PIB nacional.
Mais do que benefícios para o cenário trabalhista, as mulheres mostram que a sua presença no mercado de trabalho faz a diferença e transforma os negócios, a sociedade, a economia e o país.
Empreendedorismo Feminino
As mulheres empreendedoras também representam uma grande parcela das trabalhadoras brasileiras. Especialmente no cenário da pandemia, houve um aumento no número de mulheres que investiram na abertura do seu próprio negócio. Elas contribuem significativamente para a movimentação da nossa economia e mercado. Afinal, as mulheres apresentam características e habilidades muito poderosas para o empreendedorismo.
Desafios e Oportunidades que as Mulheres Enfrentam no Mercado de Trabalho
Apesar de todos os direitos já conquistados pelas mulheres no mercado de trabalho ao longo dos anos, ainda há muitos desafios pela frente. A boa notícia é que também existem algumas oportunidades que podem ser exploradas.
Dupla jornada e acúmulo de tarefas
A jornada dupla e o acúmulo de tarefas ainda é um dos fatores que mais impactam a carreira profissional feminina. O problema envolve aspectos culturais e sociais, afinal, as mulheres seguem sendo vistas como as principais responsáveis pelas tarefas domésticas e cuidado com os filhos.
Assédio no ambiente de trabalho
Como se não bastassem todas as dificuldades já citadas e a falta de oportunidades, as mulheres também são quem mais sofrem com o assédio no trabalho.
Maternidade e carreira
Segundo o IBGE, as mulheres trabalham cerca de 3 horas a mais, por semana, que os homens, considerando suas diversas jornadas de trabalho: trabalho remunerado, doméstico, funções familiares, entre outros. Nesse contexto, a maternidade permanece sendo um desafio para a maioria das mulheres em relação ao mercado de trabalho.
Oportunidades emergentes
Apesar dos desafios e da falta de oportunidades em algumas áreas, existem outras em que as habilidades das mulheres são mais do que valorizadas. Alguns nichos de mercado acabam sendo dominados por essas trabalhadoras, seja por afinidade ou pela familiaridade com determinadas competências.
No geral o cenário é otimista, pois os dados mostram uma realidade mais inclusiva e capaz de absorver as competências das mulheres no mercado de trabalho, em países com segmentos emergentes como o Brasil.
Post de Andreza Benatti. Descubra mais sobre como a Improova impulsiona a inovação e o sucesso, clicando no botão abaixo!
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